“Aqui e Ali” é a primeira individual de Agrippina R. Manhattan na galeria. Com curadoria de Lucas Alberto, a mostra, por meio de uma série de trabalhos​ realizados em diferentes meios, busca entender as​ diversas formas que tempo e espaço moldam nosso mundo e nossa vida.

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A partir da representação do espaço, tem-se um mapa mas, a representação nunca é neutra; ela é sempre uma escolha. A forma como decidimos retratar o real é imediatamente conectad​a com a forma que aprendemos a ver o mundo. A visão — esse aparato conceitual que, aqui, representa um conjunto de sentidos maior que o olhar — colocada em comparação com o de um povo, um tempo ou um alguém diferente, sempre revela a estrutura desse aparato. ​A mostra se organiza nessa encruzilhada entre ver, olhar, perceber e representar. 

 

De acordo com Agrippina R. Manhattan: “Aqui e ali; Eu e o out​ro; Norte/ sul. Os binarismos, com suas limitações, marcam a fronteira entre o inimaginável e o real. A partir desse pensamento, o mundo parece mais esperançoso. Ao perder as ilusões do mapa, seguimos rumo ao descobrimento; não o descobrimento/​invasão que é insensível para o que veio antes, mas para um reencontro tão radicalmente antigo que é como um outro mund​o. As fronteiras se dissolvem; o mapa já não é mais o limite; ele é um caminho.”. 

 

Artista, pesquisadora, professora e travesti, Agrippina é natural de São Gonçalo, no Rio de Janeiro.​ Seu trabalho​, permeado por comentários à história da art​e, é parte de uma profunda preocupação com tudo aquilo que restringe a liberdade. A palavra; a norma; a hierarquia; o pensamento.​